Monday, July 03, 2006

Não perguntes.

Não tenho vocabulário para responder às tuas questões.
Não tenho fita métrica que possa medir o teu mundo.
Não me enchas os ouvidos com adjectivos de graus comparativos,
Nem artigos definidos com sílabas por definir.
Hoje, sou poeta de linhas curtas, trova de um só refrão.
Não saltes entre o solo dessas tuas duas vidas,
O meu planeta é só um.

Não me tentes com doces e outras surpresas diabéticas,
Tenho o sangue carregado de sal, hoje.

Entrei no mar das tuas interrogações,
No universo das tuas mil palavras,
E por mais claro que seja o rasto dos teus passos,
Fez-se noite no meu mundo.

Não me perguntes nada, hoje.
Não consigo ver.
E por mais que tentes,
Não vou ouvir as tuas palavras falar...


Não perguntes.


Ouve a Emiliana cantar.

5 Comments:

At 3:38 pm, Blogger Maria São Miguel said...

li... ouço... não perguntei...digo: lindo! bj

 
At 5:07 pm, Blogger Sonia Martins said...

Sinto cada palavra tua e imagino-te na sequência da tua vida desde o "início" até ao dia em que paraste para escrever o "Não Perguntes"...está amargamente fantástico.

Sónia Martins.

 
At 12:20 pm, Blogger RealSmile said...

que dizer perante tão bela conjugação de palavras.. há dias em que todas as questões nos parecem impossíveis de ouvir, de entender, de responder.. só nos resta esperar pelo dia seguinte, onde o sol renasce e nos traz algum calor.. *

 
At 9:46 pm, Anonymous Anonymous said...

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At 3:41 pm, Anonymous Anonymous said...

este foi o meu favorito ate agora... talvez um dia, te peça que me deixe recita-lo.
parabens um beijo

 

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