Tuesday, June 27, 2006

Parabéns a vocês!

Sem convites, dádivas ou diversão. Encarar a vida é o melhor presente. Sem ofertas, regalos ou consagrações. Olhar o céu é manjar dos deuses. Encher o peito de ar e aprisionar a vida. Sepultar as mágoas e desilusões, e apreciar o brilho de um futuro arrebatador. Preferir o só às multidões, o pormenor ao exagero. Preferir um beijo aos aplausos, um carinho às dedicatórias. Querer companhia em vez de entretenimento. Um ser a ajuntamentos. O pouco sentido ao muito pueril. Um modo de vida é saber viver. Dar valor ao indivíduo ignorando mundos. Exaltar a verdade quando o vento sopra mentiras. Nomear a subtileza como arte e regra de vida, e aprender a amar, estimando quem dá valor ao toque das nossas mãos. Não sei definir felicidade - se tem nome, onde mora e se se chama. Também não sei quem a cria, se há mestres alquimistas do bem-estar. Mas há pessoas que nos fazem sentir bem. Isso há.

Fazer anos nem sempre é bom. Mas pior é não os fazer. Aniversários trazem consigo balanços e introspecções de vida, e ninguém gosta disso. Por isso, é melhor ignorar a data. A não ser que alguém a mencione...

Para mim, o dia 28 é pequenino. O dia mais rápido do ano. Tem 24 horas encolhidas em água quente. Mas vocês conseguem torná-lo grande! Obrigado pelo vosso carinho, e pelas mensagens que me fazem chegar. Mesmo aquelas que chegaram no 26 devido a um erro do HI5. Recebi-as com o mesmo ímpeto de agrado e aceitação. Com vocês o dia torna-se mais bonito, a jornada faz mais sentido. Se se lembraram de mim, amo-vos. Mesmo aqueles a quem não respondi. Estou aqui para vocês.

Obrigado chinesinha pelo que me fazes sentir. A doçura dos teus olhos opera milagres. Vejo-te e sinto-te ao ouvir a música tocar. LOL!
Beijo para ti. Beijo para todos.

Parabéns a vocês!

Friday, June 16, 2006

Conversas de cabeleireiro

( Dedicado a uma pessoa conheço que tem nome começado por M. )

- Milucha, chegue-me aí a minha carteira que tenho o telemóvel a tocar! Eu seguro-lhe no secador!
- Qual...a preta?
- Sim! Rápido! Ah...deixe estar, desligaram.
Era desconhecido...quem seria?
- Talvez fosse engano, Estela.
- Não, não era. Tenho andado a receber umas chamadas estranhas, alguém quer falar comigo. Talvez a pessoa não tenha coragem.
- Não pense nisso, Estela! São coisas que acontecem.
- Não! É alguém que precisa da minha ajuda! Sempre tive na vida pessoas a precisar de mim. Até no liceu, sabe, aqueles que não se inseriam no grupo, amigos que a malta punha de parte, vinham sempre ter comigo. Devo inspirar confiança, ou ter uma personalidade apelativa, não sei...
- Talvez. Então aproveite esse dom!
- Aproveito sim! Até o meu “ex” dizia que sentia uma determinada aura à minha volta, que notava algo diferente em mim. Por isso sei que sou uma pessoa especial!
- Ai sim? Que bom! Por falar nisso, como vai o Francisco?
- Francisco? Não, Diogo. O Francisco já era.
- Diogo? E o Francisco, não se entenderam?
- Não. Eu era boa demais para ele. Foram 6 meses a aturar uma personalidade inconstante.

- Estela, olhe que você também tem o seu feitiozinho...
- Pois tenho. Bom demais para alguns homens. A maior parte não me merece.
- Bom, se pensa assim...
E como vai o seu menino? Não foi do Francisco que você teve um filho?
- Sim, foi. Mas desde que mudei de casa ele raramente vem vê-lo.
- Ah, você já não está com os seus pais?
- Não! O meu pai ofereceu-me um andar! Quer dizer...não ofereceu, alugou um T2, e dá-me uma ajuda na renda.
- Ah sim? Mas isso é óptimo!
- É verdade. O meu pai adora-me. Fui a primeira dos três irmãos a sair de casa. Ele ainda não tinha feito isto a nenhum. Fui agraciada!
- Mas você da ultima vez tinha dito que a situação em casa dos seus pais estava complicada... que depois do seu aborto eles nunca mais a trataram da mesma maneira, muito pior quando esse filho nasceu. Não quiseram ver-se livre de si, não?
- Nem pense nisso! Eles só querem o meu bem estar! Fizeram questão que eu saísse para ficar à vontade em relação às pessoas que meto em casa, horas de entrada e saída, para dar a educação ao meu filho que desejo – para educá-lo à minha maneira. Foi o que eles disseram!
- Hummm...estou a ver. Uma vida complicada, a sua.
- Não acho! Penso que tudo tem corrido bem. Olho para trás e reconheço que os astros têm estado a meu favor! Por falar nisso, passe-me aí a revista. Quero ver o horóscopo.
- Horóscopo? Você acredita nisso, Estela?
- Claro que sim! A Milucha não?
- Nem por isso. Sabe, tenho uma cliente jornalista que me diz que as páginas do horóscopo são uma farsa. Os jornais têm uma pasta com imensos textos de previsão de horóscopo, e que vão pondo aleatoriamente nas suas páginas. Sabe, aquela linguagem é universal...”cuide da sua saúde, preze a família...etc.” Vale para todos!
- Não! Comigo não! Comigo, os astros nunca se enganam. Já fiz muita coisa na vida baseada na orientação dada pelo meu ascendente! Posso dar-lhe um exemplo: uma vez li na Máxima “Hoje encontrará o amor da sua vida. Não despreze um carinho ou um olhar de interesse.” E acredita que foi nessa mesma noite, num bar, que comecei a namorar?
- Com o Francisco...
- Sim, com o Francisco.
- Certo...
- Chegue-me lá a revista para ver o que me diz o signo hoje! “Devido à sua natureza impulsiva hoje terá um dissabor profissional. Tente manter a calma em situações de stress. Alimente-se à base de fibra, isso ajudá-la-á a manter o equilíbrio. Seja amiga apenas de quem é seu amigo.”
Viu? Hoje mesmo tive uma chatice com o chefe da minha loja! Isto por ter passado um cliente a um colega que merece. Estas previsões nunca falham!
- Estela, essa revista é de Abril...
- Não interessa! O zodíaco é sempre certeiro! O meu caranguejo com ascendência de tigre é o meu melhor amigo. Ou talvez funcione por eu ser uma pessoa privilegiada, sei lá...
- Mas conte-me lá, Estela, quem é esse Diogo?
- Ah, uma pessoa maravilhosa! Trata-me como ninguém. Diz-me e faz-me coisas que nunca nenhum homem me fez. Outro dia passou a noite em claro para me levar os meus queques preferidos ao pequeno almoço. Tocam-me à porta às 7:45, era ele! Imagine, queques de laranja logo de manhã! Um amor! O Francisco nunca me fez isso...
- Há quanto tempo namora com ele?
- Há uma semana e meia. Mas tenho a certeza que é o homem da minha vida... Ama-me como ninguém! Também, ele sabe que vale a pena lutar por uma pessoa como eu...
- E em relação ao Francisco? Nunca mais o viu?
- Sim, encontramo-nos frequentemente. Ele não quer saber do filho, mas não consegue passar muito tempo sem me ver. Sei que ainda me ama...
- Mas, então porque acabou com ele?
- Ah, a situação tornou-se insustentável. O meu coração não batia, não sentia desejo nos olhos dele. Foi melhor terminar.
- Você tinha-me falado que desconfiava de outra pessoa pelo meio...
- Sim, mas isso não deu em nada. Ele gosta é de mim, não consegue esquecer-me. Aliás, pouco tempo antes de acabarmos, vi na porta do carro dele uma saca de uma ourivesaria com uma caixinha lá dentro. Numa bomba, abri-a enquanto ele abastecia, e dei com um anel de comprometido a dizer “Amo-te M”. Era lindo!
- “Amo-te M”...? Esse anel era para si?
- Claro que sim! Para quem podia ser? Aliás, o dia dos namorados estava perto.
- Como se chama a pessoa de quem você desconfiava?
- Filomena.
- Então, não seria “M” de Mena?
- Não, era “M” de Mendes. Eu chamo-me Estela Patrícia Sousa Mendes. Foi um acto bonito da parte dele. Não sei como não chegamos a entender-nos.
- Certo...
- Sabe, Milucha, sinto que algo de bom está para acontecer. Hoje, ia a comer a sobremesa, levantei a tampa do meu iogurte Danone com pedaços de macadamia, e tinha uma mensagem lá dentro. “ O brilho natural que a sua alma irradia iluminará o seu caminho.” Não é bonito, isto? Fico contente pelo universo cuidar de mim e me brindar com estes sinais constantes! Tudo à minha volta me diz que vou ser feliz! Não sente o mesmo, Milucha?
- Sim...sem dúvida, Estela.
- Deixe cá ver o telemóvel. Vou ligar à pessoa que me tentou ligar há bocado. Quero agraciá-la com a dádiva da minha voz. Sei que vai ficar radiante por me ouvir!
- Olhe que é 91, Estela...
- Não faz mal!
..........
- “Sim, está lá? Boa tarde, daqui fala a Estela, há pouco tentou ligar-me, deve precisar falar comigo...
Sim, Es-te-la...Não, não sou telefonista, sou lojista. Não, não conheço nenhum Sr. Abílio...nem trabalho na firma “Fechaduras Castidade...Ok, certo...tenha uma boa tarde."

- Raios, era engano! E vai uma pessoa gastar dinheiro com estas merdas!

Thursday, June 08, 2006

1+1=3

Nando e Maria são amigos de infância. Conhecem-se a fundo, nos gostos, tiques e reveses da personalidade. São daquelas pessoas que comunicam sem usar palavras, para gáudio de mestres da telepatia e terror das operadoras móveis. Ambos pensam que foi essa cumplicidade que fez com que se juntassem.
Pela altura do Natal, passaram uma tarde de chuva em frente à praia, daquelas em que o vidro do carro se embacia e os corações se abrem. Deram as mãos, olharam-se nos olhos, e não demorou muito até que as suas bocas se tocassem num beijo intenso e prolongado que destilou a maresia e alterou o ciclo das marés. A armadilha da pele é assim, e eles não deviam ter deixado que o aroma dos seus poros se misturasse...
Ele não acredita no amor à primeira vista, mas na primeira vista do amor. Sentiu-se como peixe na água, uma vez que a convivência de ambos é velha. Já a tinha desejado anteriormente, e ela sentiu-o. Ela, também. Há muitos anos atrás. Perguntou-lhe se todos os seus beijos eram assim tão bons, já que este lhe tinha atingido a alma e elevado o espírito. Ele, disse-lhe que a tinha beijado com o coração.

Ela quis saber se o facto de ter um filho de outro homem não seria factor impeditivo de um grande amor. Ele respondeu que sim, mas que era fácil dar a volta à situação – teriam um filho um do outro, e estaria o problema resolvido. Encarar uma mulher com um filho alheio é complicado para um homem. É como comprar um veículo em renting – tem-se a chave na mão, utiliza-se o carro todos os dias, mas sabe-se que não é inteiramente nosso. Segundo outra perspectiva.. é como comprar um carro usado – a gente senta-se ao volante e vê marcas do antigo dono por todo o lado. Pronto. Por isso, foram para casa dela treinar, a testar até que ponto a fusão das suas fronteiras os poderia levar a uma propriedade comum. E correu tudo muito bem. Foram para casa felizes.

Passados uns dias, sem que o universo suspeitasse, ela disse-lhe que não. Valeu-se da falta de paixão, dizendo que a alma tinha gostado mas o corpo não tinha vibrado. Ele, sabia que havia outra pessoa pelo meio. Só se rejeitam relações quando há outro elemento em vista, é a lei praticada nos dias de hoje. E ela confirmou-a. Acabaram por se separar, sem haver pachorra da parte dele para passos periclitantes, e ela sem coragem para trocar o que tinha por coisa melhor.

Voltaram a encontrar-se meses depois, após muitas noites de ideias reelaboradas e dias de sol introspectivos. Ela, perguntou-lhe se ele ainda estava livre. Ele disse que sim - que se está sempre livre para quem se quer, mesmo que para isso seja preciso deixar quem se não quer. Ele, perguntou-lhe se ela ainda estava absorvida emocionalmente. Ela disse que não. Pelo outro. Por ele, sim. Que ele lhe ocupava definitivamente a cabeça.
Ponderaram na hipótese de viver um grande amor em vez de uma aproximação apaixonada. Não queriam romances de fachada ou uma relação fortuita, de interesse. Não tinham nada a mostrar, a não ser a eles próprios. Pensaram que poderiam valer-se da sua irmandade para construir com solidez sobre uma base perene. E acertaram. Então, partiram para uma viagem comum.

O amor nasce do companheirismo e da partilha de momentos em conjunto. Por isso os patrões gostam das secretárias, mesmo quando têm mulheres melhores em casa. Passam muito tempo com elas, é o problema. Ou a virtude...

Ela não é tudo o que ele deseja fisicamente. Ele, também não. Mas a partir de uma certa idade não são as curvas do corpo que contam mas as linhas rectas do espírito. E eles sabem que têm muitas que se cruzam entre si.

Voltaram a beijar-se. Ele, beijou-a da mesma maneira intensa. Demorou-se mais nos cantos da boca e nas arestas dos lábios, esses interruptores dos sentidos que provocam vibrações no peito e arrepios nos pés. Ela, voltou a gostar. Beijaram-se na boca, na cara e nas mãos. Estava provado o amor. Quem se beija aí, quer-se profundamente. Sentiram lufadas de ar de vida. Voltaram a treinar para o filho comum, voltou a correr bem. Perguntaram-se se não teria sido uma perda de tempo os meses que passaram longe um do outro, se é que se pode falar em desperdícios nestas coisas do amor – parafraseando o provérbio “a distância está para o amor como o vento para o fogo - quando o amor é grande, a distância atiça-o; quando é pequeno, apaga-o”. E eles, souberam que estavam a reabrir uma nova época de incêndios...

Diz Susana Tamaro no seu livro Vai onde te leva o coração, “não importa o tempo que se gasta a fazer pontaria...o importante é que quando se larga a seta, tenhamos a certeza que ela vai acertar no centro do alvo”. E Nando e Maria sentiram isso na pele quando desataram as suas mãos húmidas e molharam os lábios numa absorção final do cheiro e gosto um do outro. Enquanto limpavam o suor dos seus poros misturados, recompunham-se da leveza do peito provocada por palavras ditas ao ouvido anunciando sonhos comuns a cumprir por quem sente o ego maior de ter encontrado a sua alma gémea. E ambos gostaram de ouvir essas palavras. Não têm a mínima dúvida que sim. Nessa tarde, tinham sido... um mais um igual a três.

Thursday, June 01, 2006

Agora escolhe.

Dois irmãos tibetanos decidiram dedicar a sua vida inteiramente à religião budista. Para isso, dirigiram-se a um convento com o intuito de serem aceites naquela ordem. Foram recebidos por um velho monge que lhes enalteceu as intenções, e lhes disse que para serem aceites naquele convento teriam que passar uma prova de admissão que serviria para provar as suas qualidades e realçar o desejo de se tornarem monges. Esta prova consistia em três testes: um teste de força, um teste de rapidez, e um teste de inteligência...

O velho perguntou aos dois irmãos qual deles seria o primeiro...o mais velho respondeu: “Posso ser eu...”

Este irmão teve que enfrentar então o primeiro teste, o teste da força. Foi-lhe pedido que deslocasse uma pedra de grandes dimensões através de uma linha, numa distância pequena. O rapaz empregou toda a sua força...empurrou, usou de todas as suas energias, até que com grande custo conseguiu levar a pedra até ao ponto desejado.
Passou então para a prova seguinte –a prova da rapidez. Esta prova consistia em tirar uma pedra da mão do velho antes que ele a fechasse. O rapaz concentrou-se, tentou diversas vezes, até que conseguiu ser mais rápido do que o monge e tirar-lhe a pedra da mão. De seguida, enfrentou a última prova, a prova da inteligência... Neste teste, o jovem tinha que atravessar um abismo usando duas cordas penduradas no tecto. Do outro lado, estava um homem que lhe atirou as cordas, uma de cada vez, para que ele pudesse agarrar uma delas e atravessar o vão. O jovem pensou “...se esta é a prova de inteligência, não me posso precipitar...terei de descobrir qual a corda certa para agarrar. Decerto uma delas não estará bem firme, e deverei evitá-la. Tenho que usar da inteligência para distinguir qual das cordas está fixa...”
Mas a verdade é que enquanto o jovem olhava para as cordas, alternadamente, andando para a frente e para trás, elas foram perdendo o balanço, até que ele não lhes pode chegar mais. No entanto, pensou para si mesmo: “ Penso que fiz bem. Mostrei inteligência, não me precipitei...”

Chegou a vez do seu irmão mais novo realizar a prova...
No primeiro teste, o segundo irmão usou de toda a sua força até conseguir mover a pedra até ao local indicado. Conseguiu. No teste da rapidez, usou toda a sua concentração para ser mais rápido que o monge. Tirou-lhe a pedra da mão. Então veio a terceira e última prova – a prova da inteligência...
O rapaz aproximou-se do abismo. A pessoa do outro lado atirou-lhe as cordas, uma de cada vez, novamente a baloiçar, e assim que a primeira corda chegou à sua beira, o jovem agarrou-a de imediato, passando para o outro lado sem hesitar.

Chegou a altura de o velho monge dizer se estes dois irmãos seriam admitidos no convento ou não....
Para espanto dos jovens, o segundo irmão entraria no convento, e o primeiro não. Este de imediato discordou, e pediu uma explicação para tal decisão: “ Mas, como é possível ? – disse ele indignado - O meu irmão não mostrou a mínima inteligência na última prova...ele nem se deu ao trabalho de olhar para cima, e ver qual das cordas estaria firme ou estaria solta...agarrou a primeira que lhe veio à mão, correndo o risco de cair! Eu, pelo contrário, fui astuto. Ponderei, observei, e tentei descobrir qual das cordas seria a mais segura para atravessar o abismo. Eu sim, fui inteligente!!!”

“Meu jovem” – disse o velho – “ tu não passaste para o outro lado, é verdade...Mas não é essa a verdadeira razão que te impede de entrar no convento.... A prova de inteligência consistia não em ver qual das cordas era mais segura, mas em relembrares que cordas a balançar são como as oportunidades...Quando estão ao teu alcance, têm de ser agarradas de imediato. Se não o fizeres, fogem da tua mão, e nunca mais as recuperas na vida...! “ Sê inteligente, e para a próxima, não deixes escapar a corda...

( E tu, já agarraste a tua oportunidade de hoje? )